de pranto e incerteza, peito pesado, dói...
Ânsia bravia e lacerante, medicação não
se tem para acalmar o instante, corrói...
Noite escura no meu céu, doce ventura
se foi ao vento feito chapéu, eu Tolstói...
Penso em algo que me inspire e aqueça,
antes que eu glacial, amarga envelheça,
suplico por um ferino e eminente herói...
Feito bela Godiva, em seu cavalo branco,
bradando liberdade no teu canto, vestindo
maestria, abram alas para a diva Poesia!
E no meio de versos valso com as rimas,
a emoção me chega como alegres meninas
contemplo verdadeiro milagre da luz do dia...
Na calmaria constato como a vida é bela,
falo, ouço, até posso admirar a cor amarela
meu peito inflama, acelerado de euforia...
Braços que louvam, uma divina luz acende
a chama, amor que inunda a alma, faz-se
Jacente o bem estar em minha companhia...
Enxugo as lágrimas, despojo-me da insensatez,
inalo harmonia, enlaço a preciosa vida outra vez!

Nenhum comentário:
Postar um comentário