quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Alma em devaneio - Poesia simbolista

Febre nesta  alma senil em devaneio
Grito mudo e colérico na viagem
Morro desolado na mórbida miragem
Abraçando inferno em total enleio.

Caio tão fundo, fundo, perpétuo, cheio
De quebranto e místico minha imagem
Coração tedioso sem cruz, sem coragem
Busca sono eterno, sideral passeio.

E na dor procura clemência celestial
Um sopro ungido cintilando o mal
Lacera ferida de sangue e veneno.

Emergindo das profundezas toda pura
Voeja com anjos sem ânsia e fissura
Descansa na mansidão em colo ameno!

Lace Luiza












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