ELEGIA (Tipo de poema lírico, que tem como assunto a tristeza e a nostalgia)
Filho meu, súpero amigo...
Eras a grandeza, luz, afeição e glória...
A alegria que não pedia licença!
Dava-nos, a todos, quimérico sopro de vida!
Fonte inesgotável de bem querer,
juventude, promessas, altivez e grandiosa valia!
Foste arrancado do nosso abraço,
Repentinamente, ao dobrares jubiloso a esquina...
Dia qualquer de sol e risos, tornar-se-á
Cinzento, tortuoso remate, mudo!
A espreita, ela... Ceifeira, cruel, implacável...
A carregar-te para remota eternidade!
Donde estarás, decerto, entre os mais nobres,
belos e indulgentes querubins...
Eis-me aqui em tua lápide, taciturno, com o
peito sangrando e dilacerado!
Sufocado num grito mudo, em meio a um mar
de lágrimas, que dos meus olhos vertem!
Falta-me uma parte, a melhor parte de mim, que
habitava em ti, dileto espelho de minha alma!
Falta-me o riso, o calor, a bonança, falta-me vida!
Jaz contigo extinta ventura, que por pura indulgência,
dividiras comigo!
Jaz a esperança num coração de pai, o idílio de um supremo
amor, num mármore frio e morto!
Nenhum comentário:
Postar um comentário